Lilypie Third Birthday tickers

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Da nossa fragilidade

Há uns dois meses o João teve uma dor de cabeça súbita e paassageira. Súbita porque apareceu em força, tipo fisgada. Passageira porque durou apenas alguns segundos. Passado uma semana aconteceu a mesma coisa. Preocupou-me um pouco, mas atribuí à praia e piscina... quem sabe ouvidos, frio, qualquer coisa do género. Estavamos de férias. Ficariamos atentos. Não voltou a acontecer.

Mas na última semana de Setembro voltou a acontecer. Era a terceira vez que acontecia e não havia praia ou piscina ou frio. Antecipei a consulta no pediatra. Saímos de lá com a (in)segurança de que não devia ser nada, mas tratando-se de dores de cabeça não há como arriscar, diz o Dr. P.: vamos fazer uma ressonância magnética cerebral.

Esse foi o primeiro drama: ressonância nesta idade implica anestesia. Sedação se lhe quiserem chamar. Não fiquei nada confortavel com a situação. O pediatra garantiu-me que não tinha com o que me preocupar, era uma anestesia ligeira. Mas... Depois havia a obrigatoriedade de jejum. E só consegui marcar para as 19h. O que fazer quando ele pedir o lanche? Ou quando pedir água que habitualmente bebe toda a tarde (muita água ele bebe!).

No fundo não correu mal. O avô adormeceu-o e dormiu toda a tarde! Menos um problema. Houve um atraso de meia hora, tiveram o cuidado de me avisar uma vez que ele estava em jejum e tinha que continuar. Mas se tivesse que repetir não o voltaria a fazer na clinica onde fiz. A anestesista foi eficaz mas nada atenciosa ou simpática, como se espera que seja para pessoas que estão em stress (crianças!!!). Queria inclusivé que assinasse um documento em como recebi as informações todas necessárias e autorizava a anestesia... quando não recebi nenhuma informação e depois dele já estar anestesiado! Acordou choroso como é normal mas sem qualquer efeito secundário. Assim que se viu no meu colo estava molengo mas a resmungar com a anestesista que queria perceber se ele reagia aos estimulos e podia vir embora. Nem recobro foi preciso.

No final de contas o João nem deu conta do que se passou e à hora de jantar estava animado e a comer como um leão (recomendavam refeiçõs ligeiras, mas o rapaz tinha fome... o que fazer??)

Depois veio a espera pelo resultado. Só podia estar tudo bem. Ele não tem qualquer atraso de ordem nenhuma. Não se desiquilibra facilmente. Não fica estático e sem reacção. Não teve convulsões. Não tem atitudes estranhas. Não tem nada fora do normal. Mas e se nós não vemos? E se ainda é um problema no início? E se... tudo passa pela cabeça.

O resultado chegou hoje. E estava tudo normal. E aí sim, sosseguei. Quinta feira vamos sossegar também o pediatra e descobrir porque é que o raio dos seios nasais estavam inflamados, que foi a única coisa para que chamaram a atenção (querem ver que vem aí uma sinusite?).

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quase quase a adormecer

Disse-me ontem com orgulho indisfarçavel: "Mamã, hoje usei tesoura na escola!"