Ontem não queria jantar o segundo prato. Comeu a sopa antes de nós, como sempre, mas quando foi altura de nos sentarmos todos à mesa não queria. Como acho que está na altura de lhe impor este tipo de regras (já há algum tempo que o fazemos) não facilitei.
Insistiu que não queria com um ar grave e sério e com um (ou vários) NÃO bem vincado. Ora então se não quer jantar vai para a cama. E o pai foi pô-lo na cama. Chorou dois minutos e fomos buscá-lo com a condição de se sentar à mesa. Lá se sentou mas recusava-se a comer o salmão grelhado (que adora!) e o arroz branco. Chorava e olhava para nós com ar de sofredor. Fingido. Muito fingido mesmo. Optei por fazer de conta que não estava a ouvir e não insisti mais com a comida. Continuei a jantar sossegadamente. De vez em quando esquecia-se de chorar distraído a olhar para os peixes ou outra coisa qualquer. A televisão estava obviamente desligada. Mas assim que se lembrava voltava a choramingar. De vez em quando tentava levantar-se da cadeira dele mas bastava olhar para ele para se voltar a sentar e choramingar. A certa altura parou de choraramingar definitivamente. Aguardei um bocadinho e ofereci-lhe o salmão, mas insistiu no não. Voltei a pousar no prato e continuei a jantar. Mais um minuto e puxou para ele o prato e meteu uma colher na boca. Meteu outra e pediu para eu ligar a televisão. Disse-lhe que não, só depois de comer o que estava no prato e de pedir desculpa por ter feito birra. "Upa" mamã, "upa" papá.
Estivemos nisto uns 10 minutos. Talvez mais um bocadinho no total. Mas resultou na perfeição. E a vontade de rir que me deu pelo meio graças ao choro fingido, ou à tentativa de evitar o meu olhar, ou às caretas fingidas que fazia? Mas eu sou forte e lá tapei a boca para ele não ver a minha contenção! Lá pelo meio, enquanto eu ignorava o seu choro, o pai olhou para ele... ele achou que tinha um aliado e começou logo a pedir ajuda "Papá, Papá...". Lançei um "Janta!" ao pai como quem diz "Ignora".
E continuo a dizer: mais que gritar, o silêncio e o ignorar são o melhor remédio para birras. E depois explicar que agiu mal. Eu sei que não é possível em todas as situações, mas sempre que for possível é o melhor remédio. E é muito importante distinguir quando eles choram a sério (não querem fazer determinada coisa porque estão doentes ou derreados de sono ou...) ou quando estão a fazer jogo. E eles jogam tão melhor que nós!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
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2 comentários:
ora tal e qual!
esse "upa pai e mãe" aqui tb acontece ...o filminho é igualzinho só mudam as personagens lol
aqui é um "équpa pai"
a mãe que se oriente rsrs
;)
bj
Ai como me passo com esses filmes!!! Mas olha que o João está muito mais bem educado que o meu!! As minhas sobrinhas bem me dizem que eu não tenho jeito para ser má (LOL). O meu filho quando faz birras não me obedece. pode não conseguir o que quer, mas não há cá desculpas nem fazer o que não queria, mesmo que venham castigos ou o ignore!! Estou feita. Espero que seja só uma fase!!! :(
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